Sabes bem o quanto me dói estar longe de ti. Sabes bem a falta que me fazes.

Agora que acabou, até o colégio me parece diferente. Já não há razão para ficar na sala 4, já não há razão para percorrer o bar com os olhos na tentativa de te ver, não há razão para ficar sentada nas escadas à espera de te ver subir, de estar na sala e olhar para a porta sempre que ouço barulho na esperança de te ver entrar. Já não faz sentido, simplesmente porque acabou. Acabou e muito sinceramente não estou a ver maneira de voltar a acontecer. Dia 9 é o final. O grande final. Não vou estar contigo, não vais cumprir o que prometeste. Falhamos. Deixamos que as coisas nos passassem à frente sem fazermos nada. Não vivemos. Sobrevivemos. E agora percebo o quanto errei. O quanto errámos. A porcaria que fizemos. Deixei-me levar por ti, acreditei em todas as palavras, podiam ser mentiras, mas apenas via aquilo que queria ver. Acreditava cegamente em cada “amo-te” deixava-me levar cada vez que dizias “é para sempre”. Aprendi que o “para sempre” acaba. Apesar de tudo estás a fazer-me crescer, a aprender a desconfiar, a não ser cega às coisas que se passam. Ensinaste-me a amar. A ser paciente. A deixar-me levar. A suportar as saudades. Fizeste-me feliz. Ainda fazes, mas de outra maneira. Porque acima de tudo, és o melhor amigo e isso não quero perder. Acabou, mas serás sempre o meu Phineas. Serás sempre aquele que me fez a Isabella mais feliz do mundo que sentia borboletas na barriga.