"Falamos muito porque o que temos para dizer um ao outro e um sobre o outro não pode ser entendido por mais ninguém."

segunda-feira, 12 de abril de 2010

D: "Lembras-te?"
S: "De quê?"
D: " De quando éramos felizes, de quando tu não fazias de conta que eu era uma estranha para ti, de quando não me viravas a cara ao lado quando passava por ti na rua, de quando íamos ao ginásio juntas, de quando fugimos porque não queríamos jantar com aquela família hipócrita, de quando contávamos todos os nossos segredos uma à outra, de quando víamos desenhos animados deitadas no chão do meu quarto, de quando íamos para a tua piscina, de quando foste operada e eu te levei um gelado de morango, de quando vestíamos quase de igual, de quando nos perguntavam "oh, são irmãs?" e nós dávamos a mão e dizíamos "não, somos primas, mas é quase como se fossemos", de quando estudávamos juntas (...)"
S: *silêncio*
D: "Pois é. Agora não és uma quase irmã, és prima porque não podes negar a família, mas é como se fossemos desconhecidas."
S: "Estás a exagerar ..."
D: "Estou? Ainda bem que não estou a mentir em nada do que disse! E ainda bem que sabes que tenho razão quando te digo que agora não somos merda nenhuma!"

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